Meu pé de feijão
Por acaso, hoje senti saudades de uma velha experiência que dato dos tempos de escola: a de plantar feijão usando algodão e um potinho. Por ter visto um já semeado grão que não resistira. Aquilo me remetera ao tempo em que eu era uma criancinha e lá estava, olhando para o feijão, maravilhado com o grande segredo que aquele pequeno caroço guardava dentro de si e que explodiria dentro em breve. Como podia, pensava, daquele pequeno ser, aparentemente oco e sem vida, surgir alguma coisa? Isso me fascinava! Lembro-me de que o algodão ficava roxo, logo depois, sem que eu nunca pudesse ter visto, aquele pequeno caroço, que mais parecia inibido aos meus olhos, se abria e deixava transparecer o que seria seu futuro caule. Em seguida, dicotomizavam-se duas folhas reluzentes, tão verdes e vivas quanto qualquer boa experiência. Nunca entendi ao certo porque as plantas morriam pouco depois disso. Hoje, como adulto, acredito que fosse pelo pequeno espaço, ou pelo algodão; afinal, nunca as troquei de vaso e ficava, curioso, esperando que dali, do meu pequeno potinho, saísse uma grande árvore...por algum motivo, hoje lembrei do meu brotinho de feijão senti saudades... a vida naquela época parecia brotar dentro de mim, como o pequeno feijão, que, insustentável, logo depois morria.
4 Comments:
Nossa... todos constumávamos fazer essa experiência.. era muito bom, né?
Beijos
Teve aquele que plantou fejão no espaço. Escreve pra ele perguntando se o fejao dele sobreviveu.
Que belo texto.. a vida às vezes morre dentro da gente pra nascer outra, é como a carapaça de um inseto, quanto mais crescemos, maior é a roupagem de que precisamos, e assim evoluimos.. =]
lindo, adorei.
beijo
às vezes o cotilédone não basta...!
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